Atina Delphine

Atina Delphine, nascida sob a luminosidade da lua crescente, carregava consigo uma herança mágica que transcenderia os limites do que ela imaginava possível. Criada sob o cuidado zeloso de uma tia, Atina cresceu na aparente simplicidade de uma vida comum entre os Innisianos. Seu cabelo verde, uma marca distintiva da linhagem de sua família, sempre foi uma curiosidade local, mas sua verdadeira origem permaneceu envolta em mistério.

O destino entrelaçou seu caminho com o de Sol, um humano cujo amor floresceu em meio às margens do Rio Innis. O romance proibido entre uma Innisiana e um humano florescia como as flores na primavera, mas os presentes de Sol revelaram um passado desconhecido. Uma casa no rio Innis que Atina desconhecia e uma caixa contendo uma pérola misteriosa, símbolo de um legado que aguardava ser desvendado.

À medida que os segredos do passado emergiam, as mensagens de sua mãe, transportadas pela pérola, sussurravam a verdade. Seus pais eram líderes do Clã da Lua Crescente, enredados no front de uma batalha contra as sombras que ameaçavam Alba Etérea. Atina cresceu afastada deles, uma precaução para protegê-la do perigo iminente. A vizinha que a criou revelou-se sua tia, uma guardiã silenciosa das verdades entrelaçadas em sua linhagem.

A pérola, símbolo de sua herança e poder latente, brilhou em um momento crucial. No cais de Porto Cantante, enquanto Kamaria buscava desesperadamente por Zaki, Atina, inconsciente da magnitude de sua magia, desencadeou uma tempestade feroz. Ventos revoltos e uma onda poderosa emanaram dela, alterando o curso dos acontecimentos e afetando o destino de todos em seu caminho.

O navio de Teath, com Giovanni a bordo, foi impactado pela onda, surfando sobre suas águas tumultuadas até encontrar uma parada distante da margem. Esse evento marcante revelou a verdadeira extensão do poder que Atina carregava, mas também trouxe consigo consequências que desencadearam uma busca interna por controle.

Com seus pais retornando ao perceberem o fluxo mágico desencadeado por sua filha, Atina enfrentou uma encruzilhada. Eles tentaram guiá-la em direção ao cumprimento de seu destino como futura líder do Clã da Lua Crescente, mas a decisão de Atina foi clara. Ela rompeu com suas origens, rejeitando a responsabilidade imposta por suas raízes mágicas e partindo em busca de controle sobre sua própria magia.

O rompimento com Sol, o término de um amor que ousou desafiar as barreiras entre Innisianos e humanos, tornou-se uma dolorosa consequência dessa jornada de autoafirmação. Assim, Atina iniciou a busca por métodos que permitissem domar a tempestade que ardia dentro dela, uma Innisiana em busca de sua própria trilha, moldando seu destino nas águas turbulentas de Alba Etérea.