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Mãe das deusas primordiais
e
Árvore da vida de Alba Etérea
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O Nascimento de Navid: A Origem de Tudo
Antes que qualquer estrela brilhasse no firmamento ou que as
águas dos oceanos começassem a fluir, havia apenas o Éter Primordial, um vasto
vazio sem forma, som ou vida. Foi desse vazio que Navid, a Mãe Primordial e a
Árvore da Vida, emergiu. Diferente das entidades que viriam depois, Navid não
foi criada; ela simplesmente se tornou, como uma inevitabilidade da existência.
Era a expressão pura da criação, o ponto de origem a partir do qual todo o
restante de Alba Etérea se formaria.
A ascensão de Navid não foi uma explosão caótica de poder,
mas um desabrochar lento e profundo. Suas raízes se estenderam pelas
profundezas do mundo recém-nascido, e seus galhos tocaram o firmamento. Com o
tempo, ela se tornou uma imensa Árvore da Vida, uma entidade colossal cujas
folhas continham o sopro de toda a criação, e cujas raízes formavam a fundação
do próprio continente mágico.
A Aparência Majestosa
de Navid
Navid é a síntese de toda a natureza, uma manifestação viva
da criação em sua forma mais pura e majestosa. Seu corpo é uma colossal árvore,
cujo tronco se estende por incontáveis metros de altura e largura, irradiando
uma luz suave e tranquilizadora. As raízes de Navid mergulham profundamente nas
entranhas de Alba Etérea, alcançando e conectando-se com todos os pontos do
continente, nutrindo a terra e regulando os ciclos naturais. Suas folhas não
são meramente orgânicas, mas uma mistura de luz e magia pura, cada uma vibrando
com cores e energias diferentes, representando as forças da vida, da magia, do
tempo e da existência.
O topo de sua copa se mistura ao céu, suas folhas brilham
como constelações, emitindo uma luz que é, ao mesmo tempo, cálida e misteriosa.
Em alguns momentos, as flores de Navid desabrocham em cores inenarráveis,
liberando fragrâncias que representam as emoções e energias mais profundas da
vida. Seus galhos são como pontes entre mundos, conectando o reino físico de
Alba Etérea com os reinos espirituais, onde as almas das criaturas transitam
entre a vida e a morte.
Navid e a Criação das
Deusas Primordiais
Sentindo o vazio ao seu redor e a necessidade de equilíbrio,
Navid decidiu partilhar seu poder e dar origem às suas filhas: as quatro Deusas
Primordiais, cada uma com um papel fundamental no ciclo natural de Alba Etérea.
- Innis, a primeira a nascer, emergiu do frescor da
primavera. Ela recebeu os dons da água, da lua, da morte e da vida. Innis
tornou-se a senhora do ciclo da renovação, da transição entre a vida e a morte,
e do poder suave da noite e das águas correntes.
- Tainne, nascida sob o brilho do sol, tornou-se a guardiã
do fogo, do verão, da vida plena e do sol. Sua energia ardente e criativa
moldava os dias mais quentes e vibrantes de Alba Etérea, imbuindo o continente
com calor e força.
- Aislam, a senhora do outono e da colheita, emergiu com o
cair das folhas. A terra, a fartura e a morte generosa estavam em suas mãos.
Ela representava o ciclo da natureza que cede à transformação, ensinando sobre
a importância da abundância e da preparação para o futuro.
- Bridge, nascida no crepúsculo gélido, tornou-se a deusa do
inverno, do ar, da oratória e da sabedoria fria. Ela trazia a quietude e a
clareza do inverno, onde tudo se aquieta para renascer na primavera. Seu ar
gelado inspirava reflexão e planejamento cuidadoso.
Navid concedeu a cada deusa uma parte do ciclo natural, e
juntas elas formaram o equilíbrio perfeito que mantinha Alba Etérea em
harmonia. No entanto, Navid não deu a nenhuma delas o controle total sobre a
vida e a morte. Isso, ela guardava para si, pois sabia que a vida, assim como a
morte, era o segredo mais profundo da criação.
A Relação de Navid
com Umbra
Umbra, a entidade das sombras, surgiu como um eco da criação
de Navid. Embora não tenha sido diretamente gerada por Navid, Umbra é, de certa
forma, sua filha — uma consequência do próprio ato de criação. Onde Navid
trouxe luz, vida e as deusas primordiais, Umbra emergiu do vazio, representando
a escuridão, o silêncio e a quietude entre os ciclos.
Diferente das outras deusas, Umbra não foi acolhida no
círculo das filhas de Navid. Ela se formou como uma força necessária, mas não
celebrada, ligada ao lado oculto da existência. Navid sabia da existência de
Umbra e a aceitava como parte do equilíbrio, mas não a proclamou com a mesma
reverência que suas outras filhas. Umbra se retirou para as profundezas da
criação, abraçando seu papel de guardiã da morte e do esquecimento, e
construindo seu reino sombrio em paralelo à luz e à vida.
Navid e Umbra coexistem em um delicado equilíbrio. Navid
compreende que sem a escuridão de Umbra, a luz de suas filhas não poderia
brilhar com tanta intensidade. A relação entre mãe e filha, entre a luz e a
sombra, é uma dança eterna que sustenta o ciclo da criação e destruição. O
poder de Umbra repousa no limiar da existência, enquanto Navid permanece como a
fonte de toda a vida que renasce da escuridão.
O Papel de Navid no
Equilíbrio de Alba Etérea
Navid não é apenas a criadora e sustentadora de Alba Etérea,
mas também a guardiã silenciosa que observa o ciclo da vida sem interferir
diretamente. Ela é a testemunha de todas as coisas, a guia oculta que oferece
sua sabedoria aos que buscam, mas raramente se revela. Seus oráculos e
sacerdotes conseguem sentir sua presença através das raízes de sua árvore,
recebendo visões e profecias sobre o futuro de Alba Etérea.
A grande responsabilidade de Navid é manter o equilíbrio
entre as forças que governam o continente: a vida, a morte, a criação, a
destruição, a luz e a sombra. Quando as deusas primordiais se desviam de seus
caminhos ou quando forças externas ameaçam perturbar o ciclo, Navid intervém de
forma sutil, usando suas raízes e sua influência para restaurar a harmonia.
Navid também é quem nutre o ciclo sazonal de Alba Etérea.
Através de suas raízes profundas, ela influencia as estações, garantindo que a
primavera de Innis, o verão de Tainne, o outono de Aislam e o inverno de Bridge
fluam em perfeita sincronia. No entanto, ela deixa suas filhas governarem essas
estações com relativa autonomia, acreditando que o aprendizado e a maturidade
vêm da responsabilidade direta.
O Festival de Navid:
A Celebração do Ciclo Eterno
Uma vez a cada ciclo completo, quando as forças do cosmos
estão em total equilíbrio, ocorre o Festival de Navid, uma celebração que
transcende o tempo e o espaço. Os habitantes de Alba Etérea se reúnem para
celebrar a mãe de todas as coisas, oferendo seus tributos e agradecimentos por
mais um ano de vida e renovação.
Durante o festival, os sacerdotes e oráculos de Navid
realizam cerimônias e rituais que simbolizam a união das quatro estações e das
deusas que as regem. Os devotos acreditam que, ao participar do festival, eles
se conectam diretamente com as raízes de Navid, renovando seus laços com a
criação e garantindo sua continuidade no ciclo eterno.
Navid: A Testemunha
Silenciosa
Navid não é uma deusa que governa com autoridade ou impõe
sua vontade. Ela é uma testemunha silenciosa, a guardiã do equilíbrio cósmico.
Ela permite que suas filhas governem Alba Etérea, intervindo apenas quando
necessário para corrigir o curso dos eventos. Sua presença é sempre sentida,
mas raramente vista, e seu poder reside na constância e no ciclo eterno da vida
e da morte.
Ela não exige adoração nem veneração direta, mas seus filhos
e devotos a respeitam profundamente, sabendo que sem Navid, nada existiria. A
cada ciclo que se completa, sua influência é renovada e reforçada, e sua
sabedoria continua a guiar as forças que moldam o destino de Alba Etérea.
Navid é, e sempre será, o alicerce sagrado, o ponto de
origem e o destino final de toda vida no continente mágico. Assim como suas
raízes sustentam Alba Etérea, sua sabedoria e presença silenciosa sustentam o
equilíbrio entre luz e sombra, vida e morte, criação e destruição.
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